Para preparar este artigo a Escola de Investimentos Digitais precisou olhar para além daquilo que é superficialmente visto pela massa, analisando a história geral da Venezuela para te dar uma noção mais completa de como o país chegou à sua atual e lastimável situação, bem como a blockchain do Ethereum pode solucionar este problema.
Portanto, a história da Venezuela é um excelente observatório sobre o quanto a centralização, de um modo geral, é um modelo tão frágil e suscetível a tantos erros.
Aliás, essa fragilidade dos sistemas centralizadores, até um tempo atrás, podiam até ser vistos como algo inevitável e inerente a qualquer organização.
Erros que repetidos muitos vezes, que podiam soar como “ossos do oficio” dos governantes dos sistemas com modelos centralizadores.
Mas após o advento da blockchain, isso jamais poderá ser relevado pela sociedade do mundo.
Mas antes de mergulhar de cabeça nesse novo modelo de mundo disruptivo, e como isso já pode acabar definitivamente com a crise venezuelana, vamos antes analisar como a centralização destruiu aos poucos esse país tão poderoso economicamente.
Diagnóstico da Venezuela

Em primeiro lugar, é muito comum, analistas políticos tendenciosos, aos quais a grande massa está submetida, por conveniência ou simplesmente ignoram que as sementes da destruição da Venezuela foram plantadas desde a sua fundação, passando pelos antigos “anos gloriosos” desse país, até os dias de hoje.
Anos de intervencionismo econômico gradual fizeram com que esse país que estava destinado a estar no seleto grupo das maiores potencias do Primeiro Mundo, fosse firmemente empurrado para falência gradual e absoluta.
Esse contínuo declínio acabou por criar um ambiente propício ao surgimento de demagogos salvadores da pátria, como Hugo Chávez e Nicolás Maduro, que souberam explorar a situação de estagnação econômica para obter ganhos políticos cada vez mais centralizadores.
História da Venezuela

Portanto, para compreender o longo declínio da Venezuela, é necessário olhar para o passado para entender o que a faz tão próspera, porém tão decadente.
Desde a sua fundação, a Venezuela foi essencialmente marcada por instabilidades políticas.
Isso porque mesmo após à sua independência da Espanha, por Simon Bolívar, a República Venezuelana demorou para se descolar das práticas coloniais antigas.
Em outras palavras, embora tenha se tornado independente, a Venezuela manteve várias de suas primitivas práticas políticas e econômicas.
Acima de tudo, manteve as mesmas políticas mercantilistas e regulatórias, altamente excludentes e centralizadoras, que garantiram a manutenção da grande situação de pobreza e opressão no país.
Entretanto, a descoberta de petróleo no início do século XX, antes de 1915, para ser mais exato, alterou completamente a situação da Venezuela.
Além disso, a então poderosa aristocracia agrária centralizadora viria a ser sobrepujada por uma classe industrial liberal, a qual abriu o mercado petrolífero do país para os investimentos estrangeiros e para exploração das multinacionais.
Pela primeira vez em sua história, a Venezuela tinha uma economia de mercado relativamente liberal, e iria colher vários benefícios deste arranjo nas décadas vindouras.

Da década de 1910 até a década de 1930, curiosamente, o tão odiado ditador Juan Vicente Gómez ajudou a consolidar o estado venezuelano, e a modernizar uma, até então, atrasada província neocolonial, ao permitir que investidores, nacionais e estrangeiros, livremente explorassem as recém-descobertas jazidas de petróleo.
Em consequência dessa maior liberdade, a Venezuela vivenciou um substantivo crescimento econômico e rapidamente se transformou em um dos países mais prósperos da América Latina já na década de 1950.
Naquela década, já sob o comando do general Marcos Pérez Jiménez, a Venezuela chegaria ao seu ápice, figurando em quarto lugar no ranking mundial em termos de PIB per capita.
Mais do que apenas petróleo

Embora a exploração de petróleo tenha realmente tido um papel considerável na ascensão meteórica da Venezuela da década de 1920 à década de 1970, tal fenômeno é secundário para entender como a Venezuela se tornou próspera durante aquele período.
Além disso, uma combinação formada por uma economia relativamente livre, mesmo que centralizadora na sua essência, por um sistema de imigração que atraiu e assimilou mão-de-obra de Itália, Portugal e Espanha, e por um robusto sistema legal que protegia os direitos de propriedade, permitiu à Venezuela vivenciar níveis sem precedentes de desenvolvimento econômico entre as décadas de 1940 e 1970.
O caminho para a social-democracia

Apesar da prosperidade gerada pela então pujante economia da década de 1950, o governo de Marcos Pérez Jiménez atraiu a fúria de vários ativistas de esquerda por causa de sua mão pesada e repressora.
Aliás, o ponto de virada ocorreu em 1958, quando esses ativistas de esquerda, em conluio com militares simpáticos à causa, conseguiram derrubar Pérez Jiménez por meio de um golpe de estado.
O eminente líder político esquerdista Rómulo Betancourt, acabou se sagrando o grande salvador da pátria naquela ocasião, assumindo a presidência de 1959 a 1964, devido seu discurso fácil da ilusão assistencialista socialista.
A Quarta República da Venezuela

O mais longo período de regime democrático do país, foi estabelecido sob o governo de Betancourt.
Em 1961, foi promulgada uma constituição, dividindo o governo em três poderes — executivo, legislativo e judiciário — e estabelecendo uma função ativa para o estado venezuelano nas questões econômicas do país.
Essa ordem política foi consolidada de maneira ainda mais decisiva pelo estabelecimento do Pacto de Punto Fijo.
Tal pacto consistia em um acordo bipartidário firmado pelos dois principais partidos políticos do país — Acción Democratica (Ação Democrática) e COPEI (Democratas-Cristãos) —, o qual estabelecia as bases para uma ordem política explicitamente social-democrata e acordava uma alternância de poderes entre os dois partidos.
Embora parecesse uma genuína medida em prol da estabilidade democrática, a Quarta República da Venezuela acabou marcando o início de um processo de crescente socialismo, o qual foi gradualmente corrompendo as fundações econômicas e institucionais da Venezuela.
Permanecendo, portanto, ainda, ou, mais ainda, engendrado no modelo de governo centralizador.
As origens socialistas dos ativistas “pró-democracia” da Venezuela
Em primeiro lugar, o atual colapso da Venezuela não ocorreu da noite para o dia. Foi parte de um contínuo e prolongado processo de decadência estrutural e institucional, baseado desde sempre na exacerbação de centralização.
Quando a Venezuela voltou à democracia, em 1958, tudo indicava que o país estava destinado a efetivamente decolar economicamente e a iniciar uma era de estabilidade política sem precedentes.
Entretanto, se tratava de um experimento pseudo-democrático de um projeto sorrateiro de implantação comunista na Venezuela.

E, para perceber isso, uma simples análise do histórico político, como estamos fazendo agora, do próprio fundador deste modelo político fracassado, Rómulo Betancourt, já permitiria entender por que todo o sistema do país estava apoiado em um “castelo de cartas”.
Rómulo Betancourt era um “ex-comunista” que havia renunciado ao método marxista em prol de uma abordagem mais sorrateira e corrosiva ainda — o modelo gramscista — para a imposição do socialismo.
Embora travestido de social-democrata, Betancourt ainda acreditava em um papel totalitário e absolutamente centralizador para o estado, principalmente nas questões econômicas.
Betancourt fazia parte de uma geração de pseudointelectuais e estudantes venezuelanos que tinham o objetivo de nacionalizar, centralizar, estatizar completamente todo o setor petrolífero do país e então utilizar as receitas do petróleo para promover um “generoso” estado assistencialista e “igualitário” de bem-estar social.
Eis o pano de fundo de todo discurso “doce” de todo projeto de implantação esquerdista, comunista, socialista.
Essa ala de pensadores acreditavam firmemente que, para a Venezuela se tornar um país genuinamente independente e se livrar da influência de interesses estrangeiros, o governo deveria ter o total controle do setor petrolífero.
Ou seja, um sistema econômico 100% centralizado.
Sob esta premissa, leviana, com o setor petrolífero 100% centralizado nas mãos do estado, eles iriam fornecer gasolina barata e garantir saúde e educação “gratuita” para todos, além de uma enorme variedade de serviços públicos.
Essa retórica encontrou grande e fácil aceitação entre as classes médias e baixas, as quais viriam a ser a fiel base eleitoral do partido de Betancourt, o Acción Democrática, pelos anos vindouros.
Em outras palavras, o grande fundamento de seu projeto de governo, era a visão de organização econômica onde pressupunha que o governo deveria gerenciar a economia por inteiro, por meio de um planejamento centralizador.
O petróleo deveria ser produzido, gerenciado e administrado 100% pelo estado, ao mesmo tempo em que o governo tentaria expulsar completamente o setor privado da área.
Intervencionismo desde o início
O governo de Betancourt, embora ainda não tão intervencionista quanto viriam a ser seus sucessores, implantou várias políticas socialistas que serviram de base para os governos seguintes. Dentre elas:
1. A desvalorização da moeda venezuelana, o bolívar;
2. Uma reforma agrária que estimulava invasões e ocupações de terra, e que relativizava os direitos de propriedade dos donos de terras;
3. O estabelecimento de uma ordem constitucional baseada em princípios autoritaristas, impondo um papel absolutamente centralizador para o governo venezuelano, principalmente nas questões econômicas.
O governo de Bettancourt também implantou um considerável aumento de impostos, triplicando a alíquota do imposto de renda para 36%.
De maneira típica e esperada, este aumento de imposto estimulou um aumento dos gastos do governo.
Consequentemente, o governo passou a ter déficits fiscais por causa de seus crescentes e incontroláveis gastos com programas sociais irresponsáveis.
Estes crescentes déficits orçamentários passariam a ser uma constante nas finanças públicas da Venezuela na era pré-Chávez.
A estatização da indústria petrolífera

Embora Betancourt não tenha alcançado seu objetivo supremo de estatizar completamente o setor petrolífero venezuelano, seu governo estabeleceu as bases para todas as subsequentes intervenções no setor, como manda a cartilha corrosiva gramiscista para implantação do comunismo.
Graças à explosão dos preços do petróleo na década de 1970, o governo de Carlos Andrés Pérez, sucessor do projeto de Betancourt, foi extremamente beneficiado pelo aumento exponencial das receitas da exportação de petróleo em decorrência da crise energética da década de 1970, durante a qual países produtores de petróleo como a Venezuela se beneficiaram enormemente dos altos preços.
O ideal comunista-gramiscista de Betancourt foi finalmente implantado em 1975, quando o governo de Carlos Andrés Pérez estatizou todo o setor petrolífero.
A estatização da indústria petrolífera da Venezuela foi a medida que alterou fundamentalmente a natureza do estado venezuelano.
Com a estatização, a Venezuela se transformou em um petroestado, no qual o conceito de “consentimento do governado” foi completamente invertido.
Agora, em vez de venezuelanos pagarem impostos para o governo em troca da proteção da propriedade e da manutenção de liberdades, o estado venezuelano assumiu um papel patrimonial de subornar seus cidadãos com todos os tipos de benefícios e assistencialismos para manter seu domínio sobre eles, como manda a cartilha comunista.
A estatização do petróleo: um cofre sem fundo para os políticos centralizadores

Pérez tiraria proveito deste confisco estatal para financiar um estado comunista assistencialista com toda espécie de programas sociais que, de início, devido a facilidade, foram muito bem recebidos pela população.
Como resultado, déficits orçamentários gerados por gastos crescentes se tornaram a norma e passaram a ser aceitos por toda a classe política.
Nenhum político se atrevia a vocalizar alguma oposição a esta prática.
Igualmente, crescentes níveis de endividamento interno e externo passariam a ser a norma no cenário fiscal do país. E ninguém se opunha.
A esta altura, a economia da Venezuela já estava completamente centralizada, sob controle do estado.
Períodos de alta no preço do petróleo era o que geravam um enorme fôlego ao sistema, os quais então eram utilizados pelo estado em faraônicas obras públicas e em projetos sociais criados para pacificar a população, que já vinha começando a sentir os efeitos da rápida perda do poder de compra de sua moeda.
A realidade é que não havia nenhuma criação de riqueza real durante estes períodos de alta do petróleo, uma vez que o estado apenas redistribuía as receitas de acordo com seus caprichos políticos e usurpava as funções tradicionalmente exercidas pela sociedade civil e por investidores privados.
Quando políticos e burocratas passam a controlar e centralizar a economia, todas as decisões importantes passam a ocorrer de acordo com interesses políticos e partidários, não de acordo com a eficiência e com as preferências dos consumidores.
Embora a estatização da indústria do petróleo não tenha resultado em um imediato colapso econômico, ela gerou todos os tipos de desarranjos econômicos e institucionais que seriam vivenciados nas décadas posteriormente, a partir de 1980.
E a insatisfação da população com estes desarranjos econômicos e institucionais — como uma inflação de preços de 120% em 1997 — culminou na eleição de Hugo Chávez em 1999, depois de já ter tentado um golpe de estado em 1992.
Revolução Bolivariana
Foi um projeto promovido por Hugo Chávez com a suposta promessa de promover mudanças políticas, econômicas e sociais em seu país.
Entretanto, desde sua ascensão ao poder, Hugo Chávez posicionou-se absolutamente favorável às ideias mais radicais ainda da esquerda e declarou guerra ao capitalismo, especialmente incorporado pelos Estados Unidos.
Nos primeiros anos de governo, Hugo Chávez promoveu uma alteração na constituição, o que, na realidade, promoveu uma nova ditadura na Venezuela.
A Revolução Bolivariana é formada por três elementos:
- A primeira inspiração da ideologia de Chávez é, o bolivariano Douglas Bravo, um ex-companheiro de guerrilha armada;
- A segunda está ligada à Norberto Ceresole;
- A terceira é dada ao líder cubano Fidel Castro.

Dessa forma, Hugo Chávez mistura em sua ideologia bolivariana elementos históricos e políticos diferenciados no tempo, tendo como objetivo unir a democracia participativa com um partido civil-militar, ultracentralizado, de esquerda.
O nome Revolução Bolivariana tem ligação com o histórico libertador da América Espanhola Simon Bolívar, de quem a imagem é apropriada para buscar vieses para um “novo socialismo”.
Para alcançar as pretendidas mudanças sociais, políticas e econômicas, a Revolução Bolivariana faz uso de missões bolivarianas, círculos bolivarianos e a busca pela integração latino-americana.
Em outras palavras, havia uma conspiração para converter os países sul-americanos num bloco bolivariano, onde imperaria os conceitos esquerdistas do “novo socialismo” ultracentralizador de Chávez, em contrassenso total ao capitalismo liberal, descentralizador.
O governo de Chávez promove ainda aproximação com China, Cuba e países árabes para demonstrar o não alinhamento com os Estados Unidos.
A partir do início da revolução de Chavéz, até então, as sansões econômicas por parte dos EUA, principalmente relacionadas ao comércio do petróleo venezuelano, que é a grande base de sustentação do regime, só aumentaram.
A cada ano o país foi se fechando cada vez mais em seus preceitos socialistas tiranos, ultra centralizadores e o governo se tornando cada vez mais autoritário, restringindo os direitos da população e determinando sua conduta.
O que se agravou ainda mais quando Nicolás Maduro assumiu o comando do regime, após a morte de Chávez.
E hoje o mundo assiste o limite das últimas consequências desse sistema esquerdista, comunista, socialista, absolutamente centralizador e insustentável por essência.
A blockchain do Ethereum como ponto de virada

Agora que você está plenamente consciente da situação histórica da Venezuela, vamos ver como a blockchain do Ethereum pode resolver esse problema.
Para ser direto ao ponto, a blockchain tem a capacidade de promover a descentralização completa e definitiva dos atos de qualquer governo e/ou organização empresarial.
Logo, blockchain pode ser a solução para sistemas instáveis encontrados, não só na Venezuela, mas em qualquer país do mundo.
Exatamente como foi com na Coréia no Norte. Onde a blockchain de Ethereum selou para sempre um inviolável pacto de paz local.
Com a introdução das funcionalidades descentralizadoras, principalmente da rede Ethereum, efetivamente colocaria um fim às formas ineficientes de governança venezuelanas e ajudaria na recuperação das operações de negócios no país.
Mas como funciona isso?

Com algo chamado contratos inteligentes.
O termo contrato inteligente ou “smart contract” pode se referir a qualquer contrato que seja capaz de ser executado ou de se fazer cumprir por si próprio, formalizando negociações entre duas ou mais partes, sem precisar de intermediários centralizados. Ou seja, sem precisar se submeter ás intromissões do governo.
Nesse sentido, um contrato inteligente nada mais é que um código que pode definir regras estritas e consequências da mesma forma que um documento legal tradicional, estabelecendo as obrigações, benefícios e penalidades que podem ser devidas a qualquer das partes em várias circunstâncias diferentes, proporcionando confiabilidade nas relações entre a sociedade.
Neste protocolo de computador auto-executável, diferentemente de um contrato tradicional, ou até uma constituição de um país, escrito em linguagem puramente jurídica, um contrato inteligente é capaz de obter informações inerentes aos costumes populares, processá-las e tomar as devidas ações previstas de acordo com as regras do contrato.
A maioria dos negócios, se não todos, necessitam de algum elemento de confiança, como por exemplo, ao fazer uma compra online, o cliente confia que a empresa enviará o produto após a realização do pagamento.
Por sua vez, o dono do estabelecimento confia que, após o envio do produto, o crédito do cliente que foi usado para comprar o produto não será revertido, para que o cliente não leve o produto de graça.
Esses intermediários cobram taxas significativas e tem lucros gigantescos, além de imporem seus próprios limites e controles sobre o que e como as pessoas podem negociar, portanto, limitando gravemente nossa liberdade e nosso direito à livre troca e ao livre comércio. Como vemos historicamente acontecer na Venezuala.
Por isso, ao resolver o problema da confiança sem a necessidade de um terceiro ou intermediário centralizado, os contratos inteligentes podem definitivamente resolver todos os problemas atuais da Venezuela, além de aumentar a liberdade para que os negócios sejam geridos da melhor maneira possível. Que através da verdadeira vontade do povo, e não pela vontade absoluta de um ditador.
Portanto, os contratos inteligentes podem funcionar como contas “multi-assinaturas”, por exemplo, de modo que ações só são executadas quando uma porcentagem mínima exigida da sociedade concordam.
É importante frisar que os contratos inteligentes podem ser codificados em qualquer Blockchain, mas o Ethereum seria o ideal principalmente porque fornece capacidade ilimitada de processamento e criação de aplicações.
Entretanto, contratos inteligentes podem remover pelo menos metade de todos os documentos e cortar totalmente os bancos, por exemplo, da cadeia de transações.
Da mesma forma, o uso de contratos inteligentes pode reduzir drasticamente os custos da quantidade de papelada.
Outra questão que poderia ser tratada com contratos inteligentes é o judiciário.
Sob um sistema baseado em contrato inteligente, um juiz pode acessar facilmente os detalhes de um litígio e uma disputa poderia ser resolvida com apenas alguns cliques em vez de meses ou anos de processo.
Em outras palavras, podemos concluir que os contratos inteligentes são o sistema de gestão integral mais eficiente e confiável que a história da humanidade já viu. Uma vez que todas as transações e atividades são automaticamente inseridas em um banco de dados inteligente, descentralizado e incorruptível.
Aqui estão alguns casos de uso em que o blockchain do Ethereum pode mudar de vez a história da Venezuela:
1. Comércio exterior
A economia da Venezuela é focada nas exportações de petróleo. No entanto, os sistemas de comércio exterior em vigor são muito ineficientes, ou quase nulos.
O governo socialista do país controla exageradamente o sistema, aumentando os custos gerais de mercadorias e reduzindo drasticamente o retorno sob investimento.
A implementação do blockchain do Ethereum, com contratos inteligentes, poderia ajudar a corrigir esses problemas equilibrando automaticamente o mercado.
2. Sistema de Saúde
Um dos maiores desafios que o povo Venezuelano enfrenta é a ineficiência do sistema de saúde.
As equipes médicas estão muito mal equipadas e muitas unidades de saúde usam sistemas de armazenamento totalmente obsoletos e ineficientes.
O blockchain do Ethereum poderia solucionar esse problema, automatizando todo o fluxo de informação, inclusive de estoque de suprimentos e equipamentos, bem como preservar a privacidade dos pacientes, promovendo a transparência, a rapidez e eficiência no sistema de saúde nacional venezuelano.
3. Setor energético
Há várias empresas interessadas em construir infraestruturas energéticas, como painéis solares ou moinhos de vento em território venezuelano.
Aliás, a única coisa que os impedem é a usurpação do governo pelo regime de Maduro, que toma conta principalmente do setor energético do país.
A blockchain do Ethereum poderia ajudar a resolver esse problema registrando todas as transações e regulando a oferta energética do país, de acordo com a demanda.
4. Propriedade e Gestão de Identidade
Em qualquer lugar do mundo, os bancos e investidores se recusam a conceder empréstimos sem a comprovação da propriedade imobiliária, por exemplo, e muitas vezes não confiam nos documentos apresentados pelas pessoas, pois são facilmente forjados, principalmente num país onde o governo usurpa até de propriedades privadas.
Ao ter a propriedade confirmada por meio de uma blockchain imutável e inteligente como a do Ethereum, os negociantes e entidades financeiras, inclusive internacionais, poderiam ter certeza de que determinada documentação realmente pertence ao proprietário legitimo e ajudá-los a obter todos os benefícios.
Os outros setores na Venezuela que podem ser restaurados pelo blockchain do Ethereum incluem:
- Sistemas de votação
- Cadeia de abastecimento alimentar
- Educação
- Segurança
O blockchain está suscetível à Venezuela, na mesma medida em que está para o resto do mundo.
Todos os dias, há cada vez mais projetos explorando a tecnologia blockchain. As áreas de maior impacto são agricultura, bancos e governança.
Portanto, assim que os regulamentos relativos ao blockchain forem introduzidos pelos governos, iremos, sem dúvida, ver um rápido crescimento no desenvolvimento e na implementação da tecnologia blockchain em todo o continente americano e no mundo.